domingo, 12 de fevereiro de 2012
O pardal
Sabiam que no E.Leclerc vive um pardalito? É um pardal, igual a tantos outros, mas figueirense, desmesuradamente esperto, de tal maneira que se refugiou logo na zona dos congelados; como sabem, qualquer ave concelhia tem sempre de fugir do calor “inigualável” da praia da claridade. Adiante. O pardal voa no paraíso E.Leclerc sem freio, receio ou preocupação, a catita ave é livre, totalmente livre, não espera um “amanhã que cante”, nada, só deseja debicar sem cessar os produtos guia, aqueles com 50% de desconto em cartão; é claro que quem vai poupando assim é feliz, não almeja mais nada, nem sequer repara na moça da charcutaria, a do turno da noite: formas generosas, paio fresco a toda a hora, soldo miserável por 12 horas de jornada solitária; será que o passarito algum dia vai reparar na moça? E que a moça vai algum dia melhorar a sua existência, quiça, ser por breves momentos um pássaro livre, totalmente livre, sem precisar de um “amanhã que cante”?! Não faço ideia como acabará a história, o mais certo é o pardal debicar o paio nobre da moça e ser enxotado de vez... O que acham desta “estorinha”? Edificante, moralizadora, redentora?! Eu acho-a muito piegas; não é só Passos Coelho que pode utilizar tão nobre adjectivo. Parece que o Primeiro Ministro acha que os portugueses são piegas e eu concordo com ele, não parámos de choramingar desde que ele tomou posse; Passos Coelho pensa que estamos agarrados a tradições caducas como o carnaval e eu concordo com ele, há quase um ano que dura o seu reinado. Mas paremos de vez com a catarse colectiva de comentar as idiotias de Passos Coelho ou Cavaco Silva! Falemos de coisas sérias, elevadas, importantes para o futuro da nação; sabiam que o Paulo Futre não vai pôr os pés no carnaval da figueira, na terça-feira?! Estou chocado! Só admito perdoar o rei do corso se ele me arranjar um emprego; é que Futre agora arranja empregos no programa dele, na tvi24. Já advinharam o que pedi ao astro da bola? Um emprego no E.Leclerc, junto à charcutaria, desde que o raio do pardal deixe o paio da moça...
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